sábado, agosto 12, 2006

48) A politica segundo HH: coerencias e incoerencias...

A política segundo HH
Do colunista André Petry
VEJA, 16 de agosto de 2004:


O que deu em Heloísa Helena? Por que, numa conversa de dez minutos no JN, a senadora esquece a luta de toda a sua vida? Com isso, ela cria uma nova modalidade de política: é a brincadeira de roda

Em sua entrevista ao Jornal Nacional, Heloísa Helena fez a mais bela declaração de amor à demagogia. Aconteceu o seguinte. A apresentadora Fátima Bernardes quis saber se a candidata, uma vez eleita, cumpriria o programa de seu partido, o PSOL, que defende a expropriação de terras para a reforma agrária, sejam elas produtivas ou não. Heloísa Helena, em vez de defender o programa de seu partido ou repudiá-lo, saiu-se com uma resposta espantosa. "Eu não posso, meu amor, porque a Constituição proíbe", começou ela, negando que fosse tomar terras produtivas. Em seguida, emendou o mais estupendo dos complementos: "Programa de partido trata de objetivos estratégicos do partido. Não tem nada a ver com programa de governo". Parece incrível, mas é isso mesmo: Heloísa Helena acha que o partido pode dizer qualquer coisa, prometer e pretender o que quiser, mas na hora em que chega ao governo, bem, aí a coisa muda.

Logo Heloísa Helena, logo ela...

Recordemos a heróica batalha da senadora para permanecer no PT, do qual acabou sendo expulsa em dezembro de 2003. Naquele tempo, Heloísa Helena lutava com todas as suas forças em nome da coerência entre o que diz o partido e o que se faz no governo. Queria que o governo do PT fosse uma expressão do programa do PT. Por exemplo:

• Em maio de 2003, num evento em que se debateu a reforma da Previdência Social, Heloísa Helena virou uma gigante da honestidade de princípios. Disse assim: "É inaceitável a fraude no debate político. O PT faz no governo o contrário do que sempre defendeu na oposição".

• Em dezembro de 2003, ao apresentar sua defesa no processo de expulsão do PT, Heloísa Helena deu uma lição de retidão ideológica aos companheiros. Escreveu assim: "Dediquei toda a minha vida à construção do PT, que agora mudou de lado ao chegar ao governo".

O que deu em Heloísa Helena? Por que, numa conversa de dez minutos na bancada do Jornal Nacional, a senadora esquece a luta de toda a sua vida? Não era isso que ela antes enfaticamente classificava como "fraude no debate político"?

Logo Heloísa Helena, logo ela...

A senadora, ao renovar bruscamente sua visão sobre partido e governo, cria uma nova modalidade de atuação política durante períodos eleitorais: é a brincadeira de roda. Nela, cada candidato levanta as bandeiras de seu partido, canta a musiquinha que quiser e faz um ou dois passinhos novos, mas apenas com o objetivo de divertir a platéia – e capturar-lhe o voto, claro. Mas que fique claro: é apenas brincadeira de roda. Se o candidato da mais bela musiquinha ou do mais belo passo de dança ganhar, isso não tem nada a ver com o que vai cantar ou dançar no governo. Aí, é coisa séria.

Heloísa Helena pode brincar de roda. Sua popularidade eleitoral pode ficar em 12%, pode cair ou pode subir. Mas, antes de manter-se na brincadeirinha eleitoral, seria um gesto de elegância que ao menos pedisse desculpas à antiga companheirada do PT por ter cobrado coerência quando o partido chegou ao governo.

47) Previsões de votacao, segundo linhas sociais

11 DE AGOSTO DE 2006 - 14h18

Carta Capital explica força do pobre com dados do Vox Populi

A revista Carta Capital que chega às bancas nesta sexta-feira (11, com capa sobre a doença de Fidel) traz uma nova edição da pesquisa do instituto Vox Populi: mostra Lula com 45% (cresceu três pontos desde 6 de julho), Geraldo Alckmin com 24% (baixou 8) e Heloísa Helena com 11% (subiu 4). A revista indica que "o presidente ampliou a chance de vencer a eleição no primeiro turno, graças, principalmente, ao enorme apoio que tem entre os eleitores mais pobres".

Na pesquisa espontânea, Lula subiu de 33% para 36%, Alckmin recuou de 18% para 15% e Heloísa avançou de 3% para 6%. Os números são basicamente os mesmos das rodadas desta semana dos institutos Sensus, Datafolha e Ibope. O diferencial são os textos dos jornalistas Maurício Dias e Marcos Coimbra, buscando destrinchar o conteúdo e o sentido da dança dos números. Veja o primeiro deles.

A força do pobre
Por Maurício Dias

A popularidade de Luiz Inácio Lula da Silva voltou a crescer e, às vésperas do início do horário gratuito da propaganda eleitoral (os 45 dias que marcam a reta final da campanha), o presidente ampliou a chance de vencer a eleição no primeiro turno, graças, principalmente, ao enorme apoio que tem entre os eleitores mais pobres. Nesta terceira rodada da pesquisa CartaCapital/Vox Populi, Lula (PT) venceria a eleição com 45% das intenções de voto, contra 24% de Geraldo Alckmin (PSDB); 11% de Heloísa Helena (PSOL); 1% de Cristovam Buarque (PDT) e 1% de Rui Pimenta (PCO). Nenhum dos demais candidatos atinge 1%.

Lula conta com 58% de apoio entre os eleitores de baixa escolaridade e 63% entre aqueles de baixa renda. Em relação à pesquisa de julho, Lula cresceu 15 pontos porcentuais entre esses eleitores com até a 4ª série do ensino fundamental e 17 pontos porcentuais na faixa de renda familiar de apenas um salário mínimo.

São dois indicadores incontestáveis de que Lula se sustenta na base da pirâmide social. Uma estatística do eleitorado divulgada em julho pelo Tribunal Superior Eleitoral, tendo como referência o grau de instrução, mostra que (sem contar cerca de 8 milhões de analfabetos) há um contingente de quase 54 milhões de eleitores no Brasil com o primeiro grau completo e o primeiro grau incompleto. Os 58% de apoio a Lula, nessa faixa, traduzem aproximadamente 30 milhões de votos.

Não se trata de acentuar a disputa polarizada entre o candidato dos pobres contra o candidato dos ricos, que, certamente, inspirou o slogan do petista: “A força do povo”. A candidatura de Lula transita nas classes mais altas com mais desenvoltura do que a de Alckmin entre os mais pobres. Lula tem, por exemplo, 27% de intenção de voto entre os eleitores que ganham acima de dez salários mínimos, considerados “mais ricos”. E chegou, agora, a 25% de apoio entre os que têm ensino superior.

A disputa de 2006 (muito mais do que em 2002), com um candidato de origem operária em busca da reeleição, está inserida num cenário de confronto de classes. Embora quase nunca explicitado. A moldura do choque das candidaturas se dá, principalmente, porque o anti-lulismo cresceu entre a população mais rica, que, depois da crise do caixa 2 (quando o PT foi apanhado com a boca na botija), passou a empunhar a bandeira da ética. O problema é que a fisionomia desse movimento está marcada pela presença de velhos conhecidos dos eleitores. Enfim, contaminada por figuras que enriqueceram na política à sombra do silêncio imposto pela truculência da ditadura militar.

A votação do candidato tucano, por outro lado, ajuda a compor esse quadro. Alckmin também tem votos entre os eleitores mais pobres. Poucos, no entanto. Na pesquisa de julho, ele obteve 9% das intenções de voto entre os eleitores com até a 4ª série do ensino fundamental. Em agosto, quase dobrou o apoio nesse segmento e chegou a 17%. O candidato tucano ampliou a vantagem sobre Lula nos eleitores de escolaridade elevada. Em julho, ele tinha 30% (Lula estava com 20%); em agosto Alckmin subiu para 38% (Lula cresceu para 25%).

Esse bolsão de eleitores, onde se confina a população mais privilegiada (classe média e classe alta), passa pouco da casa dos 7 milhões. Forma o grupo dos que têm curso superior completo ou incompleto, segundo a estatística do TSE. Na população eleitoral com renda familiar acima de dez salários mínimos, o ex-governador paulista Geraldo Alckmin está 9 pontos porcentuais à frente de Lula: 32% contra 23%.

Essa situação acirrou antigos preconceitos sociais. Segundo essas vozes, tocadas pelas palpitações do coração e não pela razão, o apoio a Lula nas camadas mais baixas seria decorrente da ignorância, falta de instrução e emoção. Em qualquer grupo de eleitores haverá quem seja levado pela emoção. A maioria, no entanto, sempre vota por interesses concretos. Trata-se do mesmo grupo (ampliado) de pessoas que em 1994 e em 1998 assegurou a vitória a Fernando Henrique Cardoso, graças aos efeitos provisórios do bem-sucedido Plano Real. Em 2002, Lula ganhou em razão dos danos colaterais do plano, como, por exemplo, o alto nível de desemprego.

É uma regra: no Brasil, ninguém ganha eleição presidencial sem o apoio eleitoral da maioria pobre que significa, no total, cerca de 60 milhões de votos. Há quem faça diferença. Quando votaram em Fernando Henrique, eram racionais; quando votam em Lula, são ignorantes. Só rindo.

Por sinal, nesta reta final da campanha (a propaganda eleitoral gratuita começa no dia 15 de agosto) em que a esperança da oposição vem da antena da tevê, é oportuna a lembrança do Plano Real, que favoreceu uma das raras viradas eleitorais no Brasil. Em 1994, o petista Lula puxava o apoio da maioria até o mês de julho. Durante o horário eleitoral gratuito, o tucano FHC valeu-se do sucesso do plano e potencializou seus efeitos. A força da candidatura estava no plano e não na telinha.

Antes disso, em 1986, o então presidente José Sarney fez um truque que favoreceu eleitoralmente o PMDB. Lançou, em março, o Plano Cruzado e insistiu nele, embora seus efeitos tivessem se esgotado, para virar o jogo em muitos estados a partir dos programas eleitorais.

Em ambos os casos, os governantes foram os favorecidos. É possível que Lula se beneficie desta vez. Os números da economia sopram a favor dele, ainda que as previsões do setor produtivo a respeito do PIB de 2006 não sejam tão otimistas quanto as do governo. Ainda esta semana, quando quatro institutos de pesquisa apontaram a subida de Lula e a queda de Alckmin, a economia botou mais um trunfo na mão do presidente: o mais baixo índice do risco-Brasil. Desceu para pouco mais de 200 pontos. Um recorde histórico. Essa queda, para Lula, foi tão comemorada quanto a queda nos porcentuais de Alckmin.

A avaliação do desempenho do governo e do governante é considerada uma das mais importantes na definição do voto. Considera-se que a possibilidade de influência da campanha eleitoral para a oposição guarda uma relação estreita com a popularidade do governante.

Se for verdade, o presidente estaria quase blindado, segundo os dados da pesquisa Vox Populi. A avaliação de Lula à frente do governo retornou quase aos patamares eufóricos dos primeiros meses de governo. Ele conta com uma avaliação positiva de 41%, com 37% de regular e 21% de negativo. Por outro lado, a avaliação do governo é de 54%, ante 34% de desaprovação.

As duas situações em que houve mudanças exploradas com sucesso pelo horário eleitoral surgiram a partir de dois fatos relevantes: os planos Cruzado e Real. A mídia multiplicou os efeitos. A pesquisa Vox Populi mostra que a tevê tem força. Mas não a força absoluta.

Segundo a pesquisa, 54% dos eleitores dizem que se informam sobre política “assistindo ao noticiário na tevê”. A telinha é, também, a segunda referência dos entrevistados: 28%. Em seguida, os eleitores fazem a cabeça, politicamente, dentro de casa, em conversa com familiares e amigos (tabela na edição impressa).
Exceto pelo porcentual de rejeição, em que Alckmin vence Lula, todas as outras variáveis favorecem a candidatura do petista. É claro que a situação não é imutável. Até agora, porém, para mudá-la só mesmo um fato imponderável.

Veja os gráficos da pesquisa:
Estimulada: www.cartacapital.com.br/tabelas/pesquisa406a.jpg
Espontânea: www.cartacapital.com.br/tabelas/pesquisa406b.jpg

Confira a íntegra do texto de Marcos Coimbra em www.cartacapital.com.br/index.php?funcao=exibirMateria&id_materia=5209

Fonte, revista Carta Capital: www.cartacapital.com

quinta-feira, agosto 10, 2006

46) Servico de utilidade publica: deputados pouco frequentaveis...

Relação dos Deputados que não deveriam receber um novo mandato:

Deputado Federal
Partido
Estado
Crime pelo qual é processado/investigado
Junior Betão
PL
AC
Declaração falsa de Imposto de Renda, Mafia das Sanguessugas
João Correia
PMDB
AC
Declaração falsa de Imposto de Renda, Mafia das Sanguessugas
Ronivon Santiago
PP
AC
Máfia das ambulancias
João Caldas
PL
AL
Mafia das Sanguessugas
Benedito de Lira
PP
AL
Mafia das Sanguessugas
Davi Alcolumbre
PFL
AP
Corrupção Ativa
Amauri Gasques
PL
AP
Mafia das Sanguessugas
Benedito Dias
PP
AP
Mafia das Sanguessugas
Eduardo Seabra
PTB
AP
Mafia das Sanguessugas
Paulo Magalhaes
PFL
BA
Lesão Corporal
Guilherme Menezes
PT
BA
Improbidade Administrativa
Josias Gomes da Silva
PT
BA
Mensalão
Coriolano Sales
PFL
BA
Mafia das Sanguessugas
Zelinda Novaes
PFL
BA
Mafia das Sanguessugas
Mário Negromonte
PP
BA
Mafia das Sanguessugas
Reginaldo Germano
PP
BA
Mafia das Sanguessugas
Almeida de Jesus
PL
CE
Mafia das Sanguessugas
Aníbal Gomes
PMDB
CE
Improbidade Administrativa
Zé Gerardo
PMDB
CE
Crime de Responsabilidade
José Linhares
PP
CE
Improbidade Administrativa
Marcelo Teixeira
PSDB
CE
Sonegação Fiscal
Jorge Pinheiro
PL
DF
Crime Ambiental
Tatico
PTB
DF
Crime contra a ordem tributaria. - Receptaçao de carga roubada
Marcelino Fraga
PMDB
ES
Crime Eleitoral, Mafia das Sanguessugas
Feu Rosa
PP
ES
Máfia das ambulancias
Sandro Mabel
PL
GO
Crime contra a ordem tributaria.
Carlos Alberto Lereia
PSDB
GO
Lesão Corporal
Jovair Arantes
PTB
GO
Improbidade Administrativa, Mafia das Sanguessugas
Clovis Fecury
PFL
MA
Crime contra a ordem tributaria.
Remi Trinta
PL
MA
Estelionato
Albérico Filho
PMDB
MA
Apropriação Indébita
Ribamar Alves
PSB
MA
Mafia das Sanguessugas
Antonio Joaquim
PSDB
MA
Improbidade Administrativa
Ademir Prates
PDT
MG
Falsidade Ideologica
Roberto Brant
PFL
MG
Mensalão
Aelton Freitas
PL
MG
Crime de responsabilidade e estelionato
Jaime Martins
PL
MG
Crime Eleitoral
Cabo Júlio
PMDB
MG
Crime Militar, Mafia das Sanguessugas
Ibrahim Abir-Ackel
PP
MG
Ligação com o Valerioduto
Marcio Reinaldo Moreira
PP
MG
Crime Ambiental
Eduardo Azeredo
PSDB
MG
Ligação com o Valerioduto
João Magno de Moura
PT
MG
Lavagem de Dinheiro
Romeu Queiroz
PTB
MG
Corrupção Ativa e Lavagem de Dinheiro
Vittorio Medioli
PV
MG
Sonegação Fiscal
Isaías Silvestre
PSB
MG
Mafia das Sanguessugas
José Militão
PTB
MG
Mafia das Sanguessugas
Osmânio Pereira
PTB
MG
Mafia das Sanguessugas
João Grandão
PT
MS
Máfia das ambulancias
Pedro Henry
PP
MT
Lavagem de dinheiro, corrupção passiva e Mafia das Sanguessugas.
Thelma de Oliveira
PSDB
MT
Improbidade Administrativa
Ricardo de Freitas
PTB
MT
Improbidade Administrativa
Wellington Fagundes
PL
MT
Mafia das Sanguessugas
Teté Bezerra
PMDB
MT
Mafia das Sanguessugas
Ricarte de Freitas
PTB
MT
Mafia das Sanguessugas
Ann Pontes
PMDB
PA
Máfia das ambulancias
Jader Barbalho
PMDB
PA
Improbidade Administrativa e Lavagem de dinheiro.
José Priante
PMDB
PA
Crime contra o sistema Financeiro
Paulo Rocha
PT
PA
Mensalão
Inaldo Leitão
PL
PB
Crime contra o patrimonio publico, Mafia das Sanguessugas
Benjamin Maranhão
PMDB
PB
Crime Eleitoral
Enivaldo Ribeiro
PP
PB
Crime contra a ordem tributaria, Mafia das Sanguessugas
Carlos Dunga
PTB
PB
Máfia das ambulancias
Raimundo Santos
PL
PB
Mafia das Sanguessugas
Inocencio Oliveira
PMDB
PE
Crime de escravidão
Pedro Correa
PP
PE
Mensalão
Severino Cavalcanti
PP
PE
Propina de dono de restaurante no congresso
Gonzaga Patriota
PSB
PE
Apropriação Indébita.
Julio Cesar
PFL
PI
Peculato e Lavagem de dinheiro.
Ciro Nogueira
PP
PI
Crime contra a ordem tributaria e Prevaricação.
Abelardo Lupion
PFL
PR
Sonegação Fiscal
Chico da Princesa
PL
PR
Crime Eleitoral
Giacobo
PL
PR
Crime contra a ordem tributaria e sequestro.
André Zacharow
PMDB
PR
Improbidade Administrativa
Jose Borba
PMDB
PR
Mensalão
Dilceu Sperafico
PP
PR
Apropriação Indébita.
José Janene
PP
PR
Improbidade Administrativa e Lavagem de dinheiro.
Ricardo Barros
PP
PR
Sonegação Fiscal
Suely Campos
PP
PR
Crime eleitoral
Airton Roveda
PPS
PR
Peculato
Alex Canziani
PTB
PR
Peculato
Iris Simões
PTB
PR
Mafia das Sanguessugas
Laura Carneiro
PFL
RJ
Improbidade Administrativa, Mafia das Sanguessugas
Carlos (Bispo) Rodrigues
PL
RJ
Máfia das ambulancias
Almerinda Carvalho
PMDB
RJ
Máfia das ambulancias
Nelson Bronier
PMDB
RJ
Improbidade Administrativa
Julio Lopes
PP
RJ
Falsidade Ideologica
Itamar Serpa
PSDB
RJ
Crime contra o consumidor, Mafia das Sanguessugas
Roberto Jefferson
PTB
RJ
Mensalão
Almir Moura
PFL
RJ
Mafia das Sanguessugas
Reinaldo Betão
PL
RJ
Mafia das Sanguessugas
Reinaldo Gripp
PL
RJ
Mafia das Sanguessugas
José Divino
PRB
RJ
Mafia das Sanguessugas
Vieira Reis
PRB
RJ
Mafia das Sanguessugas
João Mendes de Jesus
PSB
RJ
Mafia das Sanguessugas
Paulo Baltazar
PSB
RJ
Mafia das Sanguessugas
Dr. Heleno
PSC
RJ
Mafia das Sanguessugas
Paulo Feijó
PSDB
RJ
Mafia das Sanguessugas
Elaine Costa
PTB
RJ
Mafia das Sanguessugas
Fernando Gonçalves
PTB
RJ
Mafia das Sanguessugas
Nélio dias
PP
RN
Mafia das Sanguessugas
Nilton Capixaba
PTB
RO
Mafia das Sanguessugas
Alceste de Almeida
PTB
RR
Peculato, Formação de quadrilha e Mafia das Sanguessugas
Paulo Jose Gouvea
PL
RS
Porte Ilegal de Arma
Darcisio Perondi
PMDB
RS
Improbidade Administrativa
Eliseu Padilha
PMDB
RS
Corrupção Passiva
Érico Ribeiro
PP
RS
Crime contra a ordem tributaria.
Edir de Oliveira
PTB
RS
Mafia das Sanguessugas
Edison Andrino
PMDB
SC
Crime de responsabilidade
Paulo Afonso
PMDB
SC
Crime contra o sistema Financeiro e Improbidade Administrativa.
Cleonâncio Fonseca
PP
SE
Mafia das Sanguessugas
Jackson Barreto
PTB
SE
Improbidade Administrativa
João Hermann Neto
PDT
SP
Apropriação Indebita
Valdemar Costa Neto
PL
SP
Mensalão
Wanderval Santos
PL
SP
Mensalão e Corrupção Passiva
Gilberto Nascimento
PMDB
SP
Máfia das ambulancias
Paulo Lima
PMDB
SP
Extorção e sonegação fiscal
Celso Russomanno
PP
SP
Crime Eleitoral, Peculato e Agressão
Ildeu Araujo
PP
SP
Crime Eleitoral
João Batista
PP
SP
Falsidade Ideologica, Mafia das Sanguessugas
Professor Irapuan
PP
SP
Crime Eleitoral.
Vadão Gomes
PP
SP
Mensalão e Improbidade Administrativa
Vanderlei Assis
PP
SP
Crime eleitoral e Mafia das Sanguessugas
Elimar Máximo Damasceno
PRONA
SP
Falsidade Ideologica
Antonio Carlos Pannunzio
PSDB
SP
Crime de responsabilidade
João Paulo Cunha
PT
SP
Lavagem de Dinheiro
Jose Dirceu
PT
SP
Mensalão
José Mentor
PT
SP
Corrupção Passiva
Professor Luizinho
PT
SP
Lavagem de Dinheiro
Luiz Antonio Fleury
PTB
SP
Improbidade Administrativa
Jovino Candido
PV
SP
Improbidade Administrativa
Bispo Wanderval
PL
SP
Mafia das Sanguessugas
Irapuan Teixeira
PP
SP
Mafia das Sanguessugas
Marcos Abramo
PP
SP
Mafia das Sanguessugas
Ricardo Estima
PPS
SP
Mafia das Sanguessugas
Edna Macedo
PTB
SP
Mafia das Sanguessugas
Jefferson Campos
PTB
SP
Mafia das Sanguessugas
Newton Lima
PTB
SP
Mafia das Sanguessugas
Maurício Rabelo
PL
TO
Mafia das Sanguessugas
Osvaldo Reis
PMDB
TO
Apropriação Indebita
Pastor Amarildo
PSC
TO
Mafia das Sanguessugas
Eduardo Gomes
PSDB
TO
Crime Eleitoral, Mafia das Sanguessugas
Ronaldo Dimas
PSDB
TO
Crime eleitoral
Lino Rossi
licenciado

Mafia das Sanguessugas


Agora é com a gente!!
Vamos divulgar esses números e tentar conscientizar esse nosso povo que tem um memória tão curta!!
Está na hora de acabar com a pizza no congresso!

segunda-feira, agosto 07, 2006

45) Servico de Utilidade Publica: deputados nao frequentaveis...

Com base no jornal O Globo de 19/07/2006, na revista Veja edição 1964 de 12/07/2006 e no portal da
Camara dos Deputados(www.camara.gov.br) temos as seguintes informações:

OLHEM O ABSURDO!

Estado
Numero de Deputados
Estado
Numero de Deputados envolvidos em algum crime
Percentual

MT
8
MT
7
88%
TO
8

TO
6
75%
AP
8

AP
4
50%
PB
12

PB
6
50%
RJ
46

RJ
19
41%
PR
30

PR
12
40%
AC
8

AC
3
38%
DF
8

DF
3
38%
SP
70

SP
26
37%
PI
10

PI
3
30%
MG
53

MG
15
28%
MA
18

MA
5
28%
MS
8

MS
2
25%
RN
8

RN
2
25%
RO
8

RO
2
25%
RR
8

RR
2
25%
SE
8

SE
2
25%
GO
17

GO
4
24%
PA
17

PA
4
24%
CE
22

CE
5
23%
AL
9

AL
2
22%
BA
39

BA
8
21%
ES
10

ES
2
20%
SC
16

SC
3
19%
RS
31

RS
5
16%
PE
25

PE
4
16%
AM
8



0%

Agora vamos ver esses números por partido:

Partido
Numero de Deputados
Partido
Numero de Deputados envolvidos em algum crime
Percentual

PRB
2
PRB
2
100%

PP
48

PP
30
63%

PL
37
PL
22
59%

PRONA
2
PRONA
1
50%
PTB
44

PTB
22
50%
PMDB
80

PMDB
23
29%
PSC
7

PSC
2
29%
PV
7

PV
2
29%
PSDB
55

PSDB
10
18%
PSB
28

PSB
5
18%
PFL
66

PFL
10
15%
PPS
15

PPS
2
13%
PT
81

PT
9
11%
PDT
21

PDT
2
10%
PCdoB
12



0%
PSOL
7



0%
PTC
1



0%

Desta vez está nas nossas mão, não podemos mais dizer que não sabiamos de nada!

Para ser mais específico, segue a relação dos Deputados que não deveriam receber um novo mandato:

Deputado Federal
Partido
Estado
Crime pelo qual é processado/investigado
Junior Betão
PL
AC
Declaração falsa de Imposto de Renda, Mafia das Sanguessugas
João Correia
PMDB
AC
Declaração falsa de Imposto de Renda, Mafia das Sanguessugas
Ronivon Santiago
PP
AC
Máfia das ambulancias
João Caldas
PL
AL
Mafia das Sanguessugas
Benedito de Lira
PP
AL
Mafia das Sanguessugas
Davi Alcolumbre
PFL
AP
Corrupção Ativa
Amauri Gasques
PL
AP
Mafia das Sanguessugas
Benedito Dias
PP
AP
Mafia das Sanguessugas
Eduardo Seabra
PTB
AP
Mafia das Sanguessugas
Paulo Magalhaes
PFL
BA
Lesão Corporal
Guilherme Menezes
PT
BA
Improbidade Administrativa
Josias Gomes da Silva
PT
BA
Mensalão
Coriolano Sales
PFL
BA
Mafia das Sanguessugas
Zelinda Novaes
PFL
BA
Mafia das Sanguessugas
Mário Negromonte
PP
BA
Mafia das Sanguessugas
Reginaldo Germano
PP
BA
Mafia das Sanguessugas
Almeida de Jesus
PL
CE
Mafia das Sanguessugas
Aníbal Gomes
PMDB
CE
Improbidade Administrativa
Zé Gerardo
PMDB
CE
Crime de Responsabilidade
José Linhares
PP
CE
Improbidade Administrativa
Marcelo Teixeira
PSDB
CE
Sonegação Fiscal
Jorge Pinheiro
PL
DF
Crime Ambiental
Tatico
PTB
DF
Crime contra a ordem tributaria. - Receptaçao de carga roubada
Marcelino Fraga
PMDB
ES
Crime Eleitoral, Mafia das Sanguessugas
Feu Rosa
PP
ES
Máfia das ambulancias
Sandro Mabel
PL
GO
Crime contra a ordem tributaria.
Carlos Alberto Lereia
PSDB
GO
Lesão Corporal
Jovair Arantes
PTB
GO
Improbidade Administrativa, Mafia das Sanguessugas
Clovis Fecury
PFL
MA
Crime contra a ordem tributaria.
Remi Trinta
PL
MA
Estelionato
Albérico Filho
PMDB
MA
Apropriação Indébita
Ribamar Alves
PSB
MA
Mafia das Sanguessugas
Antonio Joaquim
PSDB
MA
Improbidade Administrativa
Ademir Prates
PDT
MG
Falsidade Ideologica
Roberto Brant
PFL
MG
Mensalão
Aelton Freitas
PL
MG
Crime de responsabilidade e estelionato
Jaime Martins
PL
MG
Crime Eleitoral
Cabo Júlio
PMDB
MG
Crime Militar, Mafia das Sanguessugas
Ibrahim Abir-Ackel
PP
MG
Ligação com o Valerioduto
Marcio Reinaldo Moreira
PP
MG
Crime Ambiental
Eduardo Azeredo
PSDB
MG
Ligação com o Valerioduto
João Magno de Moura
PT
MG
Lavagem de Dinheiro
Romeu Queiroz
PTB
MG
Corrupção Ativa e Lavagem de Dinheiro
Vittorio Medioli
PV
MG
Sonegação Fiscal
Isaías Silvestre
PSB
MG
Mafia das Sanguessugas
José Militão
PTB
MG
Mafia das Sanguessugas
Osmânio Pereira
PTB
MG
Mafia das Sanguessugas
João Grandão
PT
MS
Máfia das ambulancias
Pedro Henry
PP
MT
Lavagem de dinheiro, corrupção passiva e Mafia das Sanguessugas.
Thelma de Oliveira
PSDB
MT
Improbidade Administrativa
Ricardo de Freitas
PTB
MT
Improbidade Administrativa
Wellington Fagundes
PL
MT
Mafia das Sanguessugas
Teté Bezerra
PMDB
MT
Mafia das Sanguessugas
Ricarte de Freitas
PTB
MT
Mafia das Sanguessugas
Ann Pontes
PMDB
PA
Máfia das ambulancias
Jader Barbalho
PMDB
PA
Improbidade Administrativa e Lavagem de dinheiro.
José Priante
PMDB
PA
Crime contra o sistema Financeiro
Paulo Rocha
PT
PA
Mensalão
Inaldo Leitão
PL
PB
Crime contra o patrimonio publico, Mafia das Sanguessugas
Benjamin Maranhão
PMDB
PB
Crime Eleitoral
Enivaldo Ribeiro
PP
PB
Crime contra a ordem tributaria, Mafia das Sanguessugas
Carlos Dunga
PTB
PB
Máfia das ambulancias
Raimundo Santos
PL
PB
Mafia das Sanguessugas
Inocencio Oliveira
PMDB
PE
Crime de escravidão
Pedro Correa
PP
PE
Mensalão
Severino Cavalcanti
PP
PE
Propina de dono de restaurante no congresso
Gonzaga Patriota
PSB
PE
Apropriação Indébita.
Julio Cesar
PFL
PI
Peculato e Lavagem de dinheiro.
Ciro Nogueira
PP
PI
Crime contra a ordem tributaria e Prevaricação.
Abelardo Lupion
PFL
PR
Sonegação Fiscal
Chico da Princesa
PL
PR
Crime Eleitoral
Giacobo
PL
PR
Crime contra a ordem tributaria e sequestro.
André Zacharow
PMDB
PR
Improbidade Administrativa
Jose Borba
PMDB
PR
Mensalão
Dilceu Sperafico
PP
PR
Apropriação Indébita.
José Janene
PP
PR
Improbidade Administrativa e Lavagem de dinheiro.
Ricardo Barros
PP
PR
Sonegação Fiscal
Suely Campos
PP
PR
Crime eleitoral
Airton Roveda
PPS
PR
Peculato
Alex Canziani
PTB
PR
Peculato
Iris Simões
PTB
PR
Mafia das Sanguessugas
Laura Carneiro
PFL
RJ
Improbidade Administrativa, Mafia das Sanguessugas
Carlos (Bispo) Rodrigues
PL
RJ
Máfia das ambulancias
Almerinda Carvalho
PMDB
RJ
Máfia das ambulancias
Nelson Bronier
PMDB
RJ
Improbidade Administrativa
Julio Lopes
PP
RJ
Falsidade Ideologica
Itamar Serpa
PSDB
RJ
Crime contra o consumidor, Mafia das Sanguessugas
Roberto Jefferson
PTB
RJ
Mensalão
Almir Moura
PFL
RJ
Mafia das Sanguessugas
Reinaldo Betão
PL
RJ
Mafia das Sanguessugas
Reinaldo Gripp
PL
RJ
Mafia das Sanguessugas
José Divino
PRB
RJ
Mafia das Sanguessugas
Vieira Reis
PRB
RJ
Mafia das Sanguessugas
João Mendes de Jesus
PSB
RJ
Mafia das Sanguessugas
Paulo Baltazar
PSB
RJ
Mafia das Sanguessugas
Dr. Heleno
PSC
RJ
Mafia das Sanguessugas
Paulo Feijó
PSDB
RJ
Mafia das Sanguessugas
Elaine Costa
PTB
RJ
Mafia das Sanguessugas
Fernando Gonçalves
PTB
RJ
Mafia das Sanguessugas
Nélio dias
PP
RN
Mafia das Sanguessugas
Nilton Capixaba
PTB
RO
Mafia das Sanguessugas
Alceste de Almeida
PTB
RR
Peculato, Formação de quadrilha e Mafia das Sanguessugas
Paulo Jose Gouvea
PL
RS
Porte Ilegal de Arma
Darcisio Perondi
PMDB
RS
Improbidade Administrativa
Eliseu Padilha
PMDB
RS
Corrupção Passiva
Érico Ribeiro
PP
RS
Crime contra a ordem tributaria.
Edir de Oliveira
PTB
RS
Mafia das Sanguessugas
Edison Andrino
PMDB
SC
Crime de responsabilidade
Paulo Afonso
PMDB
SC
Crime contra o sistema Financeiro e Improbidade Administrativa.
Cleonâncio Fonseca
PP
SE
Mafia das Sanguessugas
Jackson Barreto
PTB
SE
Improbidade Administrativa
João Hermann Neto
PDT
SP
Apropriação Indebita
Valdemar Costa Neto
PL
SP
Mensalão
Wanderval Santos
PL
SP
Mensalão e Corrupção Passiva
Gilberto Nascimento
PMDB
SP
Máfia das ambulancias
Paulo Lima
PMDB
SP
Extorção e sonegação fiscal
Celso Russomanno
PP
SP
Crime Eleitoral, Peculato e Agressão
Ildeu Araujo
PP
SP
Crime Eleitoral
João Batista
PP
SP
Falsidade Ideologica, Mafia das Sanguessugas
Professor Irapuan
PP
SP
Crime Eleitoral.
Vadão Gomes
PP
SP
Mensalão e Improbidade Administrativa
Vanderlei Assis
PP
SP
Crime eleitoral e Mafia das Sanguessugas
Elimar Máximo Damasceno
PRONA
SP
Falsidade Ideologica
Antonio Carlos Pannunzio
PSDB
SP
Crime de responsabilidade
João Paulo Cunha
PT
SP
Lavagem de Dinheiro
Jose Dirceu
PT
SP
Mensalão
José Mentor
PT
SP
Corrupção Passiva
Professor Luizinho
PT
SP
Lavagem de Dinheiro
Luiz Antonio Fleury
PTB
SP
Improbidade Administrativa
Jovino Candido
PV
SP
Improbidade Administrativa
Bispo Wanderval
PL
SP
Mafia das Sanguessugas
Irapuan Teixeira
PP
SP
Mafia das Sanguessugas
Marcos Abramo
PP
SP
Mafia das Sanguessugas
Ricardo Estima
PPS
SP
Mafia das Sanguessugas
Edna Macedo
PTB
SP
Mafia das Sanguessugas
Jefferson Campos
PTB
SP
Mafia das Sanguessugas
Newton Lima
PTB
SP
Mafia das Sanguessugas
Maurício Rabelo
PL
TO
Mafia das Sanguessugas
Osvaldo Reis
PMDB
TO
Apropriação Indebita
Pastor Amarildo
PSC
TO
Mafia das Sanguessugas
Eduardo Gomes
PSDB
TO
Crime Eleitoral, Mafia das Sanguessugas
Ronaldo Dimas
PSDB
TO
Crime eleitoral
Lino Rossi
licenciado

Mafia das Sanguessugas

44) O Rio sempre foi o retrato da inconsciencia, total e absoluta

Esquerda Festiva Carioca
Rodrigo Constantino

Pelos cariocas, o segundo turno das próximas eleições se daria entre Lula e Heloísa Helena. É o que mostra a última pesquisa do Ibope, onde a senadora fica à frente de Alckmin, com 19% das intenções de voto. E isso não é o mais estarrecedor: a candidata pelo PSOL tem o melhor desempenho entre os eleitores cariocas com maior renda e escolaridade. Heloísa Helena, que adora Che Guevara e gostaria de transformar o Brasil em uma Cuba gigante, tem 26% dos votos entre os eleitores com ensino superior! Lula, o presidente do "mensalão" e camarada de Chávez obtêm 29% dos votos. PT ou PSOL, eis as escolhas do carioca que estudou. Falam em educação como uma verdadeira panacéia. Seria o caso de perguntar: essa educação?

Não se improvisa um absurdo desses. Isso é obra de décadas de lavagem cerebral, de mentalidade deformada e de idolatria do fracasso. Os ícones dessa esquerda festiva são figuras como Chico Buarque, o cantor que adora o ditador Fidel Castro - do conforto de sua mansão, claro. Ou então Oscar Niemeyer, o rico arquiteto que ainda prega o comunismo - mas não recusa um projeto milionário do Estado nem distribui sua fortuna em nome da "igualdade social". Foi Roberto Campos quem melhor diagnosticou a coisa: "É divertidíssima a esquizofrenia de nossos artistas e intelectuais de esquerda: admiram o socialismo de Fidel Castro, mas adoram também três coisas que só o capitalismo sabe dar - bons cachês em moeda forte, ausência de censura e consumismo burguês; trata-se de filhos de Marx numa transa adúltera com a Coca-Cola...".

Pois é. O carioca padrão, esse que faz com que "uma dinossaura raivosa" como Heloísa Helena tenha mais de um quarto dos votos, é aquele que normalmente mora bem, não entende absolutamente nada de política ou economia, mas adora esbravejar contra o "capitalismo selvagem" durante seu porre no barzinho da esquina. Ele acredita que basta condenar Bush por todos os males do mundo e vociferar contra o egoísmo dos capitalistas - como se ele fosse a Madre Teresa de Calcutá - que um "novo mundo" será possível. "Se ao menos esses ricos fossem menos gananciosos e distribuíssem suas fortunas..." - eles pensam, comprando a paz de espírito enquanto guardam para si suas próprias poupanças (ninguém é de ferro). E seguem adiante, com a consciência tranqüila de quem fez muito pelos pobres:
"garçom, mais uma cerveja!".

Os cariocas se acham malandros, espertos e adoram colocar as emoções acima da razão. Depois não entendem porque os empregos estão migrando para São Paulo... É lamentável que certas pessoas jamais aprendam com os próprios erros ou com a experiência passada. O Rio sofreu uma barbaridade com figuras como Brizola, que tornou as favelas intocáveis, permitindo as fortalezas do crime que são atualmente. Depois tivemos o casal Garotinho. O carioca foi capaz de eleger Saturnino Braga como senador ao invés de Roberto Campos! Não é preciso falar muito mais. Racionalidade não parece ser um dos fortes aqui.

A cidade maravilhosa está infestada pela esquerda festiva. Seus representantes estão por todos os lugares. Os professores são marxistas, os jornalistas chamam o ditador Fidel Castro de presidente e os padres defendem o MST. Os vereadores votam centenas de leis inconstitucionais. Isso para não falar que somos a cidade dos funcionários públicos, herança dos tempos de Capital. Não é justo generalizar, pois tem muita gente séria nesse meio. Mas basta lembrar que o cão não morde a mão que o alimenta, e dificilmente um funcionário público prega a redução do Estado e dos privilégios por ele concedido para sua categoria. Há que ser muito honesto, qualidade em falta na capital da malandragem. Aqui vale mais o brocardo "se a farinha é pouca, meu pirão primeiro".

Enquanto o casal Garotinho dominar a cena política; enquanto Lula for visto como o bastião da honestidade; enquanto a "lei de Gérson" for mais respeitada que o trabalho honesto; e enquanto Heloísa Helena tiver 26% dos votos entre aqueles com ensino superior, resta mesmo a pessimista - porém realista - previsão do saudoso Roberto Campos: "não corremos o menor risco de dar certo".