quarta-feira, outubro 11, 2006

79) ...e um privatista convencido...

O que está em jogo
(texto apócrifo de Emir Sader ) – se ele fosse sociólogo ao invés de comunista.

O que está em jogo no segundo turno não é apenas se a Petrobrás vai ser privatizada – como deveria e como é feito nas melhores economias do planeta - e, com ela, o Banco do Brasil, a Caixa Economia Federal, a Eletrobrás – dinossauros lânguidos que só se tornaram algo competitivos depois que assumiram modelos de gestão voltados para o mercado.
O que está em jogo no segundo turno não é apenas se os movimentos sociais voltarão a ser criminalizados, como de fato criminosos o são e devidamente reprimidos pela justiça e pelo aparelho coercitivo das polícias sem a proteção de políticos engajados.
O que está em jogo no segundo turno não é apenas se o Brasil seguirá privilegiando sua política externa de alianças com a Argentina, a Bolívia, a Venezuela, o Uruguai, Cuba,seguindo a cartilha Stalinista / Gramcista do Foro de São Paulo e subordinado ao Ditador da Ilha Cárcere, ao invés do alinhamento às políticas dos países que representam a eficácia gerencial e administrativa, resultando nas maiores economias do planeta.
O que está em jogo no segundo turno não é apenas se retornará a política de privatização na educação, concedendo espaço ao mercado para prestar um serviço de melhor qualidade sem o pesado ônus para toda sociedade;
O que está em jogo no segundo turno não é apenas se a política cultural será centrada no financiamento privado, deixando de prestigiar os produtores esquerdistas, que se valem de dinheiro público para produzir peças de adulação marxista, que se calam diante da censura depravada e deturpação (cortes de cenas) de filmes estrangeiros que mostram que o lugar de criminosos como Che-Guevara é o latão de lixo.
O que está em jogo no segundo turno não é apenas se teremos menos ou mais empregos precários, como os que dizem ter criado nos últimos 3 anos, todos com menos de 2 salários mínimos, menos ou mais empregos com carteira de trabalho, devidamente onerados pelos encargos de uma CLT que esmaga a iniciativa das empresas.
O que está em jogo no segundo turno não é apenas se haverá mais ou menos investimentos públicos em áreas como energia, comunicações, rodovias, saneamento básico, educação, saúde, cultura, coisa que o governo Lula nem sabe do que se trata,
O que está em jogo no segundo turno não é apenas se seguiremos fingindo diminuir as desigualdades no Brasil mediante políticas sociais paternalistas, estimulantes da mendicância, da preguiça e da submissão nefasta das pessoas e famílias a um governo totalitário (quem não votar em mim, vai morrer de fome!!!) disfarçado de benfeitor – com falso aumento do poder aquisitivo real do salário mínimo (falso porque comparado ao dólar subvalorizado), diminuição do preço dos produtos da cesta básica graças à quebradeira dos produtores rurais, bolsa-esmola; ou se voltaremos às políticas tucano-pefelistas do governo FHC, que transformaram o Brasil - um país inflacionário e estacionário - preparando-o para um período de crescimento sem precedentes, que o governo Lula descartou.
O que está em jogo no segundo turno é tudo isso – o que, por si só, é de uma enorme proporção e já faz diferença entre os dois candidatos. O que está sobre tudo em jogo nos segundo turno é a reinserção internacional do Brasil, com conseqüências diretas para o destino futuro do país.
Com Lula se manterá a política que privilegia a integração regional e as alianças Sul/Sul, que se opõem à Alca em favor do Mercosul, ou seja, um acordo entre pobres para disseminar a miséria, preparando a América do Sul e Central, para se tornar a República Socialista das Américas – cujo primeiro grande passo é a doação das instalações da Petrobrás à Bolívia, que no futuro será patrimônio da Nomenklatura. Com Alckmin se privilegiariam as políticas de livre comércio: Alca, assinatura de Tratado de Livre Comércio com os EUA – que a exemplo do NAFTA, transformou a economia do México, acabando com a hiperinflação naquele país; fortalecendo o Mercosul, que não é impeditivo para outros tratados, distanciando o Brasil de “parceiros” sul americanos que a cada troca de camisa, aplica um calote, como a Argentina o fez.
Tudo isto está em jogo no segundo turno. Diante disso ninguém pode ser neutro, ninguém pode ser eqüidistante, ninguém pode ser indiferente e tampouco ser inocente, imaginando que as práticas adotadas por Fidel, Lênin, Stalin, Chaves e outros meliantes internacionais, irão trazer a bem-aventurança prometida pelo PT que se transformou em Valdomiros, Marcos Valério, Zé Dirceu, República de Ribeirão, mensalão, dólares em cuecas, dossiês e tantos outros “pequenos erros cometidos por companheiros”
Emir Sader é sociólogo e imbecil.

78) O sociologo anti-privatista...

O que está em jogo
Emir Sader

O que está em jogo no segundo turno não é apenas se a Petrobrás vai ser privatizada – como afirma o assessor de Alckmin, Mendonça de Barros à revista Exame – e, com ela, o Banco do Brasil, a Caixa Economia Federal, a Eletrobrás.
O que está em jogo no segundo turno não é apenas se os movimentos sociais voltarão a ser criminalizados e reprimidos pelo governo federal.
O que está em jogo no segundo turno não é apenas se o Brasil seguirá privilegiando sua política externa de alianças com a Argentina, a Bolívia, a Venezuela, o Uruguai, Cuba, assim como os países do Sul do mundo, ao invés da subordinação à política dos EUA.
O que está em jogo no segundo turno não é apenas se retornará a política de privataria na educação.
O que está em jogo no segundo turno não é apenas se a política cultural será centrada no financiamento privado.
O que está em jogo no segundo turno não é apenas se teremos menos ou mais empregos precários, menos ou mais empregos com carteira de trabalho.
O que está em jogo no segundo turno não é apenas se haverá mais ou menos investimentos públicos em áreas como energia, comunicações, rodovias, saneamento básico, educação, saúde, cultura.
O que está em jogo no segundo turno não é apenas se seguiremos diminuindo as desigualdades no Brasil mediante políticas sociais redistributivas – micro-crédito, aumento do poder aquisitivo real do salário mínimo, diminuição do preço dos produtos da cesta básica, bolsa-família, eletrificação rural, entre outros – ou se voltaremos às políticas tucano-pefelistas do governo FHC.
O que está em jogo no segundo turno é tudo isso – o que, por si só, é de uma enorme proporção e já faz diferença entre os dois candidatos. O que está sobre tudo em jogo nos segundo turno é a inserção internacional do Brasil, com conseqüências diretas para o destino futuro do país.
Com Lula se manterá a política que privilegia a integração regional e as alianças Sul/Sul, que se opõem à Alca em favor do Mercosul. Com Alckmin se privilegiariam as políticas de livre comércio: Alca, assinatura de Tratado de Livre Comércio com os EUA, isolamento da Alba, debilitamento do Mercosul, da Comunidade Sul-Americana, das alianças com a África do Sul e a Índia, o Grupo dos 20.
O que está em jogo no segundo turno é a definição sobre se o Brasil vai subordinar seu futuro com políticas de livre comércio ou se o fará em processos de integração regional. Isso faz uma diferença fundamental para o futuro do Brasil e da América Latina. Adotar o livre comércio é abrir definitivamente a economia do país para os grandes monopólios internacionais – norte-americanos em particular -, é renunciar a definir qualquer forma de regulamentação interna – de meio ambiente, de moeda, de política de cotas, etc. É condenar o Brasil definitivamente à centralidade das políticas de mercado, com a perpetuação das desigualdades que fazem do nosso o país mais injusto do mundo.
O que está em jogo no segundo turno então é se teremos um país menos injusto ou mais injusto, se teremos um país mais soberano ou mais subordinado, se teremos um país mais democrático ou menos democrático, se teremos um país ou se nos tornaremos definitivamente em um mercado especulativo e nos consolidaremos como um país conservador dirigido pelas elites oligárquicas (como um mistura de Daslu mais Opus Dei). Se seremos um país, uma sociedade, uma nação – democrático e soberanos - ou se seremos reduzidos a uma bolsa de valores, a um shopping center cercado de miséria por todos os lados.
Tudo isto está em jogo no segundo turno. Diante disso ninguém pode ser neutro, ninguém pode ser eqüidistante, ninguém pode ser indiferente.
Emir Sader é sociólogo

segunda-feira, outubro 09, 2006

77) Apenas uma pergunta...

Do blog de Paulo Moreira Leite (do Estadao), em 8 de outubro de 2006, mas antes do debate televisivo entre Lula e Geral do Alckmin:

Se eu fosse Alckmin perguntaria a Lula...

por Paulo Moreira Leite, Seção: Brasil às 19:27:25.

...o que ele sabe sobre a origem do dinheiro da operação tabajara. Durante o debate da TV Bandeirantes, eu diria assim: “Presidente Lula. O senhor conhece a maioria das pessoas que participaram dessa operação de compra do dossiê. Muitas frequentam seu gabinete e até sua casa. Elas foram expulsas do PT. Eu acho que o senhor, como presidente da República, tem a obrigação de saber todos os detalhes deste crime. O senhor disse que não sabia de nada antes de tudo acontecer. Mas tenho certeza de que pelo menos depois foi se informar de tudo. Estou certo de que, como todos os brasileiros, o senhor queria saber quem pagou essa operação e quem estava no comando de tudo, quem era o chefe. Então eu lhe peço, presidente: conte ao eleitor brasileiro quem fez isso. O povo brasileiro merece. O senhor foi eleito para dizer a verdade.”