sexta-feira, setembro 01, 2006

59) Um discurso indignado: Senador Jefferson Peres se despede antecipadamente

Pronunciamento do Sen. Jefferson Peres em 30.08.2006 no plenário do Senado Federal.

Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, depois de uma longa ausência de algumas semanas, volto a esta Tribuna para manifestar o meu desalento com a vida pública deste País.

Gostaria de estar aqui discutindo, a respeito das riquezas naturais do Brasil, e não como falarei, sobre algo muito pior: a dilapidação do capital ético deste País.

Senador José Jorge, poderíamos não ter um barril de petróleo nem um metro cúbico de gás, mas poderíamos ser uma das potências mundiais em termos de desenvolvimento.

O Japão não tem nada. Não tem petróleo, gás ou riquezas minerais. A Coréia do Sul também não tem nada disso, e nos dá um banho em termos de desenvolvimento não apenas econômico, mas também humano.

O que está faltando mesmo a este País e sempre faltou é uma elite dirigente com compromisso com a coisa pública, capaz de fazer neste País o que precisaria ser feito: investimento em capital humano.

Vejam que País é este. Estamos aqui com seis Senadores em pleno mês de agosto, porque estamos em recesso branco. Por que não se reduz a campanha eleitoral a trinta dias e transfere-se o recesso de julho para setembro? Nós ficaríamos com o Congresso aberto, de Casa cheia, até 31 de agosto. Faríamos trinta dias de campanha em recesso oficial, remunerado.

Estamos aqui no faz-de-conta. Como disse o Ministro Marco Aurélio, este é o País do faz-de-conta. Estamos fingindo que fazemos uma sessão do Senado, estamos em casa sem trabalhar. Estou em Manaus há quase um mês, recebendo, sem fazer nada " para o Congresso Nacional, pelo menos. Como se ter animação em um País como este com um Presidente que, até poucos meses atrás, era sabidamente " como o é " um Presidente conivente com um dos piores escândalos de corrupção que já aconteceu neste País e este Presidente está marchando para ser eleito, talvez, em primeiro turno? É desinformação da população? Não, não é. Se fizermos uma enquete em qualquer lugar deste País, todos concordarão, ou a grande maioria, que o Presidente sabia de tudo. Então, votam nele sabendo que ele sabia. A crise ética não é só da classe política, não. Parece que ela atinge grande parte da sociedade brasileira. Ele vai voltar porque o povo quer que ele volte. Democracia é isso. Curvo-me à vontade popular, mas inconformado. Esta será uma das eleições mais decepcionantes da minha vida. É a declaração pública, solene, histórica do povo brasileiro de que desvios éticos por parte de governantes não têm mais importância. Isso vem até da classe dos intelectuais, dos artistas. Que episódio deplorável aquele que aconteceu no Rio de Janeiro semana passada! Artistas, numa manifestação de solidariedade ao Presidente, com declarações cínicas, desavergonhadas! Um compositor dizer que "política é isso mesmo, fez o que deveria fazer", o outro dizer que "política é meter a mão na 'm...'"! Um artista, em qualquer país do mundo, é a consciência crítica de uma nação. Aqui é essa, é isso que é a classe artística brasileira, pelo menos uma grande parte dela, é o povo conivente com isso.

E pior, pior ainda: os artistas estão fazendo isso em interesse próprio, porque recebem de empresas públicas contratos milionários - isso é a putrefação moral deste País - , e o povo vai reconduzir o Presidente porque "política é isso mesmo".

Tenho quatro anos de Senado. Não me candidatarei em 2010, não quero mais viver a vida pública. Vou cumprir o mandato que o povo do Amazonas me deu, não vou silenciar. Ele pode ser eleito com 99,9%. Eu estarei aí na tribuna dizendo que ele deveria ter sido mesmo destituído.

O que ele fez é muito grave. É muito grave. Curvo-me à vontade popular, mas não sem o sentimento de profunda indignação. A classe política já nem se fala, essa já apodreceu há muito tempo mesmo. Este Congresso que está aqui, desculpem-me a franqueza, é o pior de que já participei. É a pior legislatura da qual já participei. Nunca vi um Congresso tão medíocre. Claro, com uma minoria ilustre, respeitável, a quem cumprimento. Mas uma maioria, infelizmente, tão medíocre, com nível intelectual e moral tão baixo, eu nunca vi. O que se pode esperar disso aí? Não sei. Eu não vou mais perder o meu tempo. Vou continuar protestando sempre, cumprindo o meu dever. Não teria justificativa dizer que não vou fazer mais nada. Vou cumprir rigorosamente o meu dever neste Senado até o último dia de mandato, mas para cá não quero mais voltar, não!

Um País que tem um Congresso desse, que tem uma classe política dessa, que tem um povo... dizem que político não deve falar mal do povo. Eu falo, eu falo. Parte da população que compactua com isso? É lamentável. E que sabe. Não é por desinformação, não. E que não é só o povão, não. É parte da elite, inclusive intelectual. Compactuam com isso é porque são iguais, se não piores. Vou continuar nessa vida pública? Para quê, para mim, chega!

Vou continuar pelejando pelos jornais e por todos os meios possíveis, mas, como ator na vida política e na vida pública deste País, depois de 2010, não quero mais! Elejam quem vocês quiserem! Podem chamar até o Fernandinho Beira-Mar e fazê-lo Presidente da República - ele não vai com o meu voto, mas, se quiserem, façam-no.

O meu desalento é profundo. Deixo isso registrado nos Anais do Senado Federal. Infelizmente, eu gostaria de estar fazendo outro tipo de pronunciamento, mas falo o que penso, perdendo ou não votos " pouco me importa". Aliás, eu não quero mais votos mesmo, pois estou encerrando a minha vida pública daqui a quatro anos, profundamente desencantado com ela.
Muito obrigado, Sr. Presidente.

58) Lula: ausente do debate do jornal O Globo

Longe da 'praça pública de debates'
O Globo, 1/9/2006

Lula recusa convite do GLOBO para ser entrevistado por colunistas do
jornal

Um dia depois de comparecer à abertura do 6º Congresso Brasileiro de
Jornais, onde, em discurso lido, defendeu o papel da imprensa como "a
grande praça pública de debates", o presidente Luiz Inácio Lula da Silva
mandou avisar que não participaria da série de entrevistas do GLOBO com
os candidatos à Presidência. O aviso de sua ausência foi feito apenas
quarta-feira à noite, embora estivesse convidado a participar desde o dia
1º de agosto. Segundo informações do Palácio do Planalto, Lula também não
comparecerá a entrevistas nos jornais "O Estado de S.Paulo" e "Folha de
S.Paulo".

Lula iria encerrar a série de entrevistas, ontem à tarde. Na
segunda-feira o entrevistado foi Cristovam Buarque (PDT); na terça,
Heloísa Helena (PSOL); e na quarta, Geraldo Alckmin (PSDB). Como os
demais candidatos, Lula seria entrevistado por colunistas do GLOBO,
entre eles os escritores Luis Fernando Verissimo, Paulo Coelho e João
Ubaldo Ribeiro, e os jornalistas Elio Gaspari, Tereza Cruvinel, Merval
Pereira, Jorge Bastos Moreno, Zuenir Ventura, Ancelmo Gois, Míriam
Leitão, Chico Caruso, Flávia Oliveira, Fernando Calazans, Artur Xexéo,
Cora Rónai, Artur Dapieve, Joaquim Ferreira dos Santos e Arnaldo Bloch.
O formato das entrevistas foi o mesmo usado na eleição de 2002, quando
Lula esteve no auditório do GLOBO, assim como seus adversários de então:
José Serra (PSDB), Anthony Garotinho (PSB) e Ciro Gomes (PPS).

Segundo Lula disse no Congresso de Jornais, antes de decidir faltar à
entrevista, "a liberdade de imprensa não pode ser um valor relativo". E
ele acrescentou: "Minha história política se deve muito à imprensa livre
e independente".

ANCELMO GOIS: "Em setembro de 2002, o senhor, como candidato, deu
entrevista a colunistas do GLOBO. Na época, fiz uma pergunta sobre a
escalada da violência. O senhor criticou FH, que, em oito anos, só tinha
se reunido duas vezes com os governadores para tratar da dívida dos
estados, e nunca para discutir temas como a violência. O senhor defendeu
ainda a idéia de o governo federal coordenar o combate nacional ao
narcotráfico e ao crime organizado. O senhor não acha que faltou ao
presidente ter ouvido o candidato Lula?"

LULA:

LUIS FERNANDO VERISSIMO: "O senhor acabou fazendo um governo mais
social-democrata do que se esperava. No seu segundo mandato pode se
esperar um Lula ainda mais de centro atrás do consenso ou mais de
esquerda?"

LULA:

ELIO GASPARI: "O senhor conversou com Paulo Okamotto a respeito da
dívida de R$29 mil que o PT lhe cobrou? Ele diz que não quis ficar
'enchendo o seu saco com uma coisa como essa'. Quando a dívida sumiu, o
senhor teve a curiosidade de descobrir como ela foi quitada?"

LULA:

MERVAL PEREIRA: 1. "O senhor, certa vez, no auge da crise do mensalão,
se disse traído. Em seguida, por diversas vezes, esteve reunido, pública
ou privadamente, com vários membros do PT envolvidos nas denúncias, e
sempre teve palavras de incentivo a eles. Chegou a dizer certa vez que
ninguém deveria abaixar a cabeça, e que os companheiros que erraram não
podem ser desprezados. Afinal, o senhor foi ou não traído? E por quem?"
2. "Quando, recentemente, o senhor disse, em reunião com intelectuais em
São Paulo, que política a gente faz com quem a gente tem, e não com quem
a gente quer, estava concordando com os artistas que, no Rio, admitiram
que política se faz metendo a mão na merda e, mais que isso, admitindo
que a real política o levou a fazer uso de esquemas como o mensalão para
organizar sua maioria no Congresso?" 3. "Por melhor que seja a situação
econômica internacional, por melhores que sejam os números da economia
brasileira hoje, o crescimento continua tão medíocre quanto no governo
anterior, que o senhor tanto critica. Proporcionalmente, seus resultados
são até piores, pelas condições da economia internacional, sem crises e
com o mundo crescendo a taxas muito maiores que as do Brasil. O que está
dando errado?"

LULA:

ZUENIR VENTURA: "Como candidato, o senhor promete investir em
infra-estrutura, cortas gastos e reduzir impostos. Por que o senhor não
fez isso como presidente?"

LULA:

TEREZA CRUVINEL: "Para formar uma base parlamentar, seu governo cooptou
partidos e políticos que nunca tiveram nada a ver com o PT e com suas
idéias. PL, PP e PTB, que vieram a ser conhecidos como partidos do
mensalão. Agora, disputando a reeleição, o senhor tem o apoio de
candidatos de mesmo perfil, como o senador Crivella no Rio, Newton
Cardoso em Minas, e de candidatos a deputado envolvidos nos escândalos
recentes. O senhor não acha que com isso está criando as condições para
que os mesmos erros e delitos políticos se repitam num eventual segundo
mandato?"

LULA:

JORGE BASTOS MORENO: "Presidente, se, como o senhor diz, está para
nascer alguém que possa dar lição de ética para o senhor, já apareceu
algum companheiro seu para dar a ficha técnica dos seus maiores aliados
políticos em Minas, Pará e Rio de Janeiro?"

LULA:

ARTUR XEXÉO: Na campanha de 2002, o senhor se orgulhava de ser o o único
candidato "que participou de todos os debates desde 1989". Estamos a um
mês das eleições de 2006 e, até agora, o senhor não participou de debate
algum. Há alguma chance de antes do dia 1o de outubro o senhor voltar a
se orgulhar daquele comportamento?

LULA:

CORA RÓNAI: "Presidente, o senhor se considera um bom pai?"

LULA:

CHICO CARUSO: "O senhor é a favor ou contra o sistema de cotas raciais
para acesso a universidades?"

LULA:

ARNALDO BLOCH: "O Lula que aparece hoje no horário gratuito é um ser
independente, sem filiação partidária, sem companheiros históricos, um
herói solitário. Expurgar o PT da sua trajetória política não é faltar
com a verdade? Não é ser injusto com aqueles que se mantiveram fiéis e
não pactuaram com a corrupção, a 'banda boa'? Não é como dar um soco na
militância que, ao longo das décadas, o ajudou a sobreviver
politicamente? Enfim, uma vez que virou as costas ao PT, gostaria de
saber com que partido o senhor se identifica hoje, já que, a exemplo da
última campanha, continua a trocar apoios com uma gama bastante variada
de tendências políticas".

LULA:

MÍRIAM LEITÃO: "Candidato, ainda que a grande dúvida sobre seu governo
seja no campo da corrupção, o senhor muda tanto de explicação para os
escândalos que ficarei em outro tema. O senhor me disse, numa entrevista
em 2002, a seguinte frase: 'Míriam, eu vou te dizer uma coisa porque eu
quero que você me cobre depois: eu vou fazer reforma agrária sem uma
ocupação e sem uma morte'. Atendendo ao pedido, aqui vai a cobrança:
foram 880 ocupações e 72 mortes pelos dados oficiais do seu governo que
vão apenas até março. Como o senhor explica ter errado tanto?"

LULA:

FERNANDO CALAZANS: "Presidente, quais foram a maior vitória e a maior
derrota de seu governo?"

LULA:

JOAQUIM FERREIRA DOS SANTOS: "Afinal, o que é ética para o senhor? Serve
para o PT?"

LULA:

FLÁVIA OLIVEIRA: "A carta tributária no Brasil vem aumentando
sistematicamente desde os anos 90. No governo Lula, atingiu seu mais
alto nível histórico. Segundo dados da própria Receita Federal, a carga
tributária em 2005 alcançou 37,37% do PIB. Para o empresariado nacional,
o peso dos impostos é o principal entrave ao crescimento e à
competitividade da economia, em razão dos custos que impõe à produção e
à concorrência desleal dos sonegadores. O senhor concorda com essa
afirmação? O que pretende fazer para diminuir a carga tributária e fazer
quem sonega acertar as contas com o Fisco?"

LULA:

JOÃO UBALDO RIBEIRO: "Por que o senhor se considera o melhor candidato a
presidente da República? Sua eleição foi vista como a expressão de um
desejo de mudanças importantes, estruturais mesmo, por parte do
eleitorado. O senhor acha que promoveu essas mudanças? Caso afirmativo,
quais são elas? O senhor fez inúmeras referências às 'elites' que o
repudiam e lhe fazem oposição. O senhor poderia especificar que elites
são essas?"

LULA:

ARTUR DAPIEVE: "Durante seu governo, o senhor pleiteou um papel de líder
não apenas regional, mas também mundial para o Brasil, articulando uma
cadeira no Conselho de Segurança da ONU e mandando tropas para o Haiti,
por exemplo. Apesar disso, assistiu passivamente a Hugo Chávez assumir
este papel, inclusive pela intromissão na política de outros países.
Qual será a política brasileira para a Venezuela caso o senhor conquiste
o segundo mandato?"

LULA:

PAULO COELHO: "Depois de uma grande expectativa internacional criada em
torno de sua eleição para presidente, que resultou inclusive em uma
consagradora acolhida em Davos que eu tive oportunidade de presenciar,
me parece que a visão estrangeira da política na América Latina está
sendo marcada por outros mandatários no continente. A política exterior
brasileira tem sido bastante coerente, mas as negociações em Doha
terminaram em um retumbante fracasso - que, diga-se de passagem, não é
culpa do Brasil. O país tem um 'plano B' para a Organização Mundial de
Comércio? É possível uma pressão conjunta com outros governantes da
América Latina, evitando cair na armadilha do discurso demagógico e
inútil de alguns deles?"

LULA:

Prejuízo ao debate

A DECISÃO do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de não participar da
série de entrevistas do GLOBO com os candidatos atende a uma conveniência
eleitoral.

É UM truque, uma esperteza de ocasião, em prejuízo do debate democrático
e contra a necessidade de os eleitores melhorarem a qualidade do seu
voto a partir do conhecimento das propostas e do pensamento de quem lhes
pede um crédito de confiança.

57) Ainda na serie "escatologia diplomatica"

Do jornal El Mercurio, do Chile:

INTERNACIONAL
Lula habría dicho que "Chile es una mierda", según libro
Miércoles 30 de Agosto de 2006

Se le soltó la lengua. (Foto: AP).

SAO PAULO.- El presidente de Brasil, Luis Inacio Lula da Silva usó palabras ofensivas contra el presidente de Argentina, Néstor Kirchner y el ex presidente de Uruguay, Jorge Batlle, tras beber tres whiskys en una cena, informa hoy el diario "Folha de Sao Paulo", citando un libro de dos periodistas brasileños.

También habría atacado a Chile. "Chile es una mierda. Chile es una broma. Ellos hacen acuerdos con los americanos. Quieren que uno se joda por aquí. Ellos se cagan en nosotros".

En el libro "Viajes con el Presidente" los periodistas Eduardo Scolese y Leonencio Nossa, que realizan la cobertura informativa sobre el Palacio del Planalto, sede de la presidencia brasileña, se refieren a una cena realizada en la embajada de Brasil en Tokio, en mayo de 2005, en la que frente a unas 20 personas el mandatario soltó palabrotas contra los presidentes.

"Hay momentos, mis queridos, que tengo ganas de mandar a Kirchner a la puta que lo parió", habría afirmado Lula.

Sobre el entonces presidente de Uruguay, Lula habría dicho: "Aquel no es uruguayo, carajo. Aquel fue criado en los Estados Unidos. Es cachorro de los (norte)americanos".

Los estancieros brasileños tampoco se habrían salvado de los improperios del presidente. "Hay que acabar con esa mierda de los estancieros que a cada rato vienen a pedirle dinero al gobierno".

En la seguna página del libro los autores relatan el primer diálogo entre Lula y el ex presidente de Brasil, Fernando Henrique Cardoso al día siguiente a la victoria del ex sindicalista en 2002.

"Fernando, cómo haces para hacerte una escapadita", le preguntó Lula a Cardoso, que respondió. "Es imposible, Lula... imposible. Aquí hay 'ayudante de órdenes' (espías, soplones) por todos lados".

Lula aparece en el libro como alguien que ironiza sobre sus auxiliares, que puede llegar a ser bastante ríspido y que usa palabras ofensivas con mucha frecuencia, indica el medio.

Sin embargo, los autores destacan que sus auxiliares no se incomodan por ello, por el contrario, "oír una palabrota (del presidente) puede significar estatus" frente a Lula, señalan.

quinta-feira, agosto 31, 2006

56) Da série "escatologia diplomática"

INFORMAÇÃO e OPINIÃO -IOCM- !
ex-Blog do Cesar Maia 31/08/2006

LULA -DEPOIS DE TRÊS AMARELINHAS- OFENDE CHEFES DE ESTADO DE NAÇÕES AMIGAS!
Do livro recém lançado "Dois Repórteres no Encalço de Lula do Planalto ao Exterior, de Scolese e Nossa.
Folha de SP

Scolese e Nossa relatam jantar na embaixada do Brasil em Tóquio, no final de maio de 2005, presentes cerca de 20 pessoas, todos brasileiros, no qual, após beber três doses de uísque e com a quarta ao meio, o presidente diz coisas como: "Tem horas, meus caros, que eu tenho vontade de mandar o Kirchner para a puta que o pariu". "Aquele lá [referindo-se a Jorge Battle, então presidente do Uruguai] não é uruguaio porra nenhuma. Aquele lá foi criado nos Estados Unidos. É filhote dos americanos." "O Chile é uma merda. O Chile é uma piada.
Eles fazem os acordos lá deles com os americanos. Querem mais é que a gente se foda por aqui. Eles estão cagando para nós." Sobrou também para os fazendeiros: "Tem que acabar com essa porra de fazendeiros que toda hora vem pedir dinheiro ao governo".