sábado, julho 29, 2006

34) Sobre as pesquisas eleitorais...

ELEIÇÕES 2006
Pesquisa do Ibope colhe amostra desfavorável a Lula

Diferente de levantamentos anteriores, a pesquisa divulgada esta semana pela TV Globo reduziu o peso do eleitorado menos escolarizado e de menor renda e aumentou o de nível médio e renda maior. A diretora do Ibope, Márcia Cavallari, garante que a distorção não influiu no resultado, mas...

Nelson Breve – Carta Maior, 29 Julho 2006

BRASÍLIA - Logo após a divulgação da mais recente pesquisa do Ibope sobre as intenções de voto para presidente, feita na terça-feira (25) pelo Jornal Nacional da TV Globo, pensei que não iria escrever nada a respeito. O cenário era o mesmo apontado pelos outros institutos de pesquisa na semana anterior. Portanto, não havia novidade que justificasse um texto jornalístico, a não ser para quem considera as pesquisas eleitorais o evento mais importante de uma eleição.

Comentando o assunto com um colega, no mesmo dia, fui surpreendido com a seguinte avaliação e definição do valor das pesquisas eleitorais: “Para mim, essas pesquisas são todas manipuladas. Pesquisa de opinião é um ramo de negócio que vende dois tipos de produto aos candidatos no período eleitoral: um é o que pensa o eleitorado, para que as campanhas orientem suas estratégias e decisões; o outro, é alterar o pensamento do eleitorado para favorecer o cliente, para que ele tenha melhores condições de arregimentar apoios e conseguir financiadores. Não acredito que os institutos deixem de vender esse produto que tem muito valor neste momento da campanha”.

Discordei logo da avaliação dele. Acompanho pesquisas com interesse profissional há muito tempo. Nesse período, os institutos tiveram de se adaptar a exigências legais, especialmente em períodos eleitorais. É difícil manipular dados porque o questionário tem de ser registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com antecedência mínima de cinco dias da divulgação. Foi por causa dessa obrigatoriedade que, no início do ano, a imprensa descobriu que uma pesquisa do Ibope divulgada pela revista IstoÉ da Editora Três tinha vestígio de ser uma encomenda do ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho, pois haviam várias perguntas específicas sobre ele.

Com a exigência de explicar a metodologia e apresentar a base do eleitorado da qual foi extraída a opinião, os institutos ficam expostos à fiscalização da imprensa, dos especialistas em estatística e dos concorrentes. O que acaba inibindo a manipulação de dados, seja na ponderação dos resultados ou na definição das cotas da amostra. Meus argumentos não convenceram o colega, que é da velha guarda do jornalismo e está perto de se aposentar como professor de uma respeitada faculdade de comunicação. Nosso encontro se encerrou com um conselho dele: “Não perca o espírito crítico”.

No dia seguinte resolvi dar uma olhada, como sempre faço, nos quadros com os cruzamentos de dados da pesquisa, comparando com os do levantamento anterior do mesmo instituto, para observar tendências em faixas etárias, regiões, faixas de escolaridade e renda. Às vezes, captamos sinais que ajudam a entender melhor o cenário eleitoral. Levei um susto ao comparar o perfil dos entrevistados. Na pesquisa divulgada esta semana, o Ibope ouviu 31% de eleitores com escolaridade até a 4ª série do ensino fundamental e 34% de eleitores com ensino médio. Na pesquisa anterior, encomendada pela mesma TV Globo e divulgada no início de junho, a amostra estava invertida: 35% até a 4ª série e 31% no ensino médio.

No mesmo instante, me lembrei das observações do professor. Todos que acompanham as pesquisas eleitorais sabem que a intenção de voto no presidente Lula é predominante no eleitorado de baixa escolaridade, e diminui consideravelmente a partir dos eleitores de nível médio, que alguns comentaristas gostam de qualificar como eleitorado mais informado. O contrário ocorre com o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin. Será que o Ibope manipulou a amostra para favorecer o ex-governador tucano, que está precisando mostrar potencial de vitória neste momento delicado da campanha, quando se consolidam os palanques regionais? Não posso acreditar. Mas não consigo evitar a lembrança de que a campanha de Lula contratou os serviços do Instituto Vox Populi, enquanto a da coligação PSDB/PFL anunciou que repartiria suas demandas entre vários prestadores desse serviço.

Fui conferir outros dados da amostra. Chamaram minha atenção as cotas por faixa de renda e raça. Curioso: o total de eleitores que possui renda familiar acima de cinco salários mínimos cresce de 13% para 17% da pesquisa anterior para esta, enquanto a soma do eleitorado com renda de até dois salários mínimos diminui de 50% para 46%. Houve variação, também, na amostra por raça: aumentou de 37% para 39% a quantidade de entrevistados da raça branca e de 12% para 14% da raça negra, enquanto diminuiu de 48% para 42% os pardos ou morenos. A coincidência, nos dois casos é que na pesquisa mais recente aumenta a base de eleitores propensos a voltar em Alckmin e diminui a dos que estão inclinados a votar em Lula.

Há uma suspeita no ar. Mas, será que houve alteração significativa nos índices divulgados? Vejamos: foram ouvidos 622 eleitores que estudaram até a 4ª série, 470 da 5ª à 8ª, 683 do ensino médio e 227 com nível superior de ensino; na amostra anterior foram 703 até a 4ª, 466 da 5ª à 8ª, 612 do médio e 221 do superior. Dá para perceber que a discrepância está entre as bases do primeiro ciclo escolar e do médio. A pesquisa mais recente ouviu 81 eleitores a menos que a anterior na cota de baixa escolaridade e 71 a mais na no nível médio. Entre os eleitores que cursaram até a 4ª série, 54% disseram que pretendem votar no presidente Lula se a eleição fosse hoje e 19% registraram a preferência por Alckmin. No nível médio, a intenção de votar em Lula cai para 42% e a indicação do tucano sobe para 29%.

Descontadas as intenções de votos em outros candidatos, os indecisos e os que não pretendem votar em ninguém, apura-se um saldo de 19 eleitores de um universo de 2.002 que poderiam estar com Lula e não com Alckmin se a amostra fosse idêntica à apurada na pesquisa anterior. É o equivalente a um ponto porcentual. O resultado obtido pelo Ibope na pesquisa estimulada foi de 26,8% para Alckmin e 44,7% para Lula. No caso do tucano, o resultado divulgado foi arredondado para cima (27%) e o do petista foi para baixo (44%). Esses arredondamentos do Ibope são uma incógnita. Neste caso, Alckmin foi favorecido. Mas veremos mais adiante que o índice do segundo turno do ex-governador tucano foi arredondado para baixo quando a fração estava em 88 centésimos – isso evitou que o Jornal Nacional anunciasse um resultado no qual Alckmin saltaria para o patamar de 40%, ficando a apenas oito pontos porcentuais de distância de Lula.

Se a amostra da pesquisa fosse equivalente à do levantamento anterior no quesito escolaridade, Alckmin ficaria com 26,4% e Lula com 45,2%. Com os arredondamentos para baixo, teríamos 26% a 45%. Uma diferença de 19 pontos e não 17. Bom, mas está dentro da margem de erro de dois pontos porcentuais para cima ou para baixo. Só que o efeito psicológico provocado pela pesquisa é aquele valor de uso que o professor apontou lá atrás. Diferente do que havia feito em algumas pesquisas, o Jornal Nacional não mostrou no gráfico o intervalo da margem de erro. O que fazer, então? Verificar se existem distorções maiores no perfil do eleitorado por faixa de renda.

Na pesquisa anterior foram entrevistados 422 eleitores com renda familiar de até um salário mínimo, 587 de um a dois salários, 625 de dois a cinco, 196 de cinco a dez e 67 com renda acima de dez salários mínimos, totalizando 1.897 (os que faltam para 2.002 não informaram a renda). Com a diferença de base da amostra, a pesquisa desta semana entrevistou 364 de até um salário (menos 58), 551 de um a dois (menos 36), 624 de dois a cinco (um a menos), 260 de cinco a dez (64 a mais) e 84 acima de dez (17 a mais), totalizando 1.883. Está claro que essa amostra favorece Alckmin. Na faixa acima de dez salário mínimo, ele tem 52% da preferência, enquanto Lula tem 19%. Na de cinco a dez, os dois estão empatados em 36%. Na de dois a cinco, o tucano tem 32% e o petista 38%. Na de um a dois salários, a vantagem de Lula é grande, 52% a 21%. E na até um salário é ainda maior, 56% a 16%.

Se a amostra colhida pelo Ibope fosse igual a da pesquisa anterior, Alckmin teria 26,2% e não 27,2% e Lula teria 45,4% e não 44,5%. Um ponto porcentual foi transferido do presidente para o candidato tucano. Se fosse a simulação de uma eleição, seria o mesmo que trocar o voto de um milhão e 250 mil cédulas marcadas Lula para a mesma quantidade de cédulas com o nome de Alckmin. Pesquisa não é eleição, lembram os pesquisadores. Além disso, não dá para comparar uma pesquisa com a outra no voto estimulado, avisa o Jornal Nacional, observando que a lista de candidatos era diferente.

No entanto, no caso da simulação de segundo turno, fizeram a comparação. E a distorção é semelhante. Lula subiria de 48,4% para 49,4% com a utilização de amostra igual à da pesquisa anterior. E Alckmin cairia de 39,9% para 38,8%. Este é o caso em que o índice divulgado foi estranhamente arredondado para baixo (39% ao invés de 40%). Mesmo assim, a diferença ficou em nove pontos, quando poderia ter ficado em dez, caso fosse reproduzida a amostra anterior. Ainda assim, estaria dentro da margem de erro.

Bom, mas por que ocorre essa diferença nas amostras? O Ibope informa nos dados técnicos da pesquisa que toma por base o Censo de 2000, a Pesquisa Nacional por amostra Domiciliar (PNAD) de 2004 e os dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de 2004. Pela PNAD de 2004, o eleitorado brasileiro seria composto por 37,1% de eleitores que estudaram até a 4ª série, 25,3% de eleitores que pararam de estudar entre a 5ª e a 8ª ou ainda não conseguiram completar o ensino fundamental, 27% que pararam ou estão no ensino médio e 10,6% que cursam ou já terminaram o ensino superior. A amostra da pesquisa anterior do Ibope tem alguma semelhança com essa tabela (35%, 23%, 31% e 11%), mas a da pesquisa desta semana distorce a faixa do primeiro ciclo de escolaridade e a do ensino médio. Em prejuízo de Lula.

O consultor político Rubens Figueiredo, diretor-geral do Cepac-Pesquisa e Comunicação, estranha a diferença de três a quatro pontos porcentuais na amostra, mas acredita que o Ibope tenha uma boa explicação para o fato. “Quando você faz pesquisas em momentos diferentes, com amostras diferentes, perde a comparatividade”, adverte. Isso significa que essa pesquisa do Ibope ajuda muito pouco em termos de comparação de cenários. Mas o instituto não está sozinho na distorção da amostra da PNAD. O DataFolha apresenta oscilações expressivas nas cotas da amostra de uma pesquisa para a outra. Além disso, a fatia dos eleitores menos escolarizados, que concluíram até o ensino fundamental, está na faixa dos 50%, enquanto a PNAD e os demais institutos trabalham na faixa dos 60% - com exceção dessa última pesquisa do Ibope, que baixou para 55%.

A diretora do Ibope Opinião, Márcia Cavallari, sustenta que a variação na amostra é normal. Ela explica que as únicas variáveis controladas à priori são sexo, idade e ramo de atividade (que não é discriminado no relatório), além do eleitorado de nível superior, apenas. Essa exclusividade do nível superior na escolha prévia da quantidade de eleitores entrevistados deve-se, segundo a diretora, ao grande índice de recusas desse segmento em responder aos questionários. Se fosse uma busca aleatória, a amostra ficaria comprometida, com menos entrevistados desse perfil do que seria aceitável. Os demais níveis de escolaridade ela não considera importantes, até porque estaria havendo uma evolução rápida no aumento da escolaridade dos brasileiros, além dos analfabetos não serem obrigado a votar. “Está mais certo deixar isso liberado”, considera Márcia Cavallari, garantindo que a confiabilidade da amostra está amarrada com outras variáveis.

É uma justificativa razoável. Afinal, cada instituto escolhe a metodologia mais adequada para alcançar o resultado que considera mais confiável. No entanto, nas dez pesquisas eleitorais nacionais anteriores, realizadas pelo Ibope neste ano e no ano passado, não houve distorção tão significativa nas cotas por nível de escolaridade. Inclusive nas duas sobre o referendo da proibição da venda de armas. Existem pequenos desvios, que normalmente ocorrem nos levantamentos de campo, mas todas obedecem um certo padrão: os eleitores enquadrados nos dois ciclos do ensino fundamental somam cerca de 60% e os do ensino médio e superior, cerca de 40%. Diferente do que sustenta a diretora do Ibope, há algumas distorções no segmento de nível superior, que algumas vezes cai de 11% para 8%. Mas esse desvio não se transfere para o eleitorado menos escolarizado e sim para o nível médio, que está mais próximo no espectro.

O intrigante é que o conjunto dos eleitores mais escolarizados sobe para 45% na pesquisa mais recente do Ibope. Essa variação não costuma ocorrer em levantamentos dos institutos Vox Populi e o Sensus, que seguem a PNAD de 2002 com mais rigor. Nas pesquisas recentes, o Vox estabeleceu cotas de 36% para os eleitores até a 4ª série, 25% da 5ª à 8ª, 28% para o nível médio e 11% para o superior. O Sensus trabalhou com 36,4%, 24,8%, 28,8% e 10,1%, respectivamente. No entanto, quando se comparam os extratos por nível de renda, ninguém se entende. Cada instituto tem uma base diferente, que estica e encolhe o eleitorado mais rico (com renda familiar acima de cinco salários mínimos) no intervalo entre 13% e 25%. O surpreendente é que eles consigam resultados semelhantes, que acabam se afunilando no processo eleitoral – talvez pela própria influência das pesquisas na decisão do eleitorado, como uma espécie de profecia que se auto-realiza.

Não há elementos concretos para sustentar a existência de manipulação de pesquisas para favorecer candidaturas. Especialmente em relação aos institutos mais conhecidos nacionalmente. No entanto, podemos constatar que as pesquisas não têm a confiabilidade que a própria imprensa procura dar a elas. Nem é possível dizer que pesquisa é uma fotografia do momento. Como existem distorções mais do que razoáveis nas bases de levantamento de alguns institutos, podemos concluir que são imagens tremidas, como se fossem registradas fora de foco.

Neste momento, a vantagem de Lula para os demais candidatos pode ser de dois pontos para mais ou menos, mas pode ser de três ou quatro se a amostra estiver distorcida. Alcckmin pode estar mais perto dos 30% ou dos 25% e a candidata do PSol, Heloisa Helena, pode ter 4% ou 12%. Ninguém pode afirmar com certeza. E cada candidato fica à vontade para interpretar os resultados como quiser. Por isso, só dá para confiar nas projeções quando várias pesquisas feitas em um intervalo curto de tempo apontam para um mesmo cenário. Mesmo assim, é bom ficar de olho e desconfiar sempre dos resultados. Afinal, não podemos perder o espírito crítico. Como diz a sabedoria popular: “eleição e mineração, só depois da apuração”.

segunda-feira, julho 24, 2006

34) Um manifesto pela candidata alternativa...

Por que Heloísa

Carlos Lessa, economista - Carlos Nelson Coutinho, cientista político - Chico de Oliveira, sociólogo - Dom Tomás Balduíno, bispo católico - Leandro Konder, filósofo - Guilherme Arantes, músico - Leda Paulani, economista - Paulo Arantes, filósofo - Reinaldo Gonçalves, economista - Ricardo Antunes, sociólogo - Vital Farias, músico - Ziraldo, cartunista.

Nossa existência, como Nação soberana e sociedade organizada, está em perigo. Há 25 anos a renda nacional por habitante parou de progredir. Uma geração inteira nunca viu o Brasil se desenvolver.
Cerca de 65% dos nossos jovens, entre 14 e 24 anos, não estudam nem trabalham. O crime organizado avança. Não podemos perder mais tempo.
O PSDB governou o Brasil durante oito anos e agravou a crise brasileira.
O PT não teve coragem para mudar.
Entre janeiro de 2002, quando tomou posse, e junho de 2006 o governo Lula destinou R$ 530 bilhões para remunerar especuladores financeiros, discretamente, enquanto usou R$ 30 bilhões no Programa Bolsa Família, tão divulgado.
A grande maioria dos políticos, no exercício de mandatos, foi cúmplice disso. A senadora Heloísa Helena foi exceção.
Por defender os compromissos que havia assumido em campanha, foi expulsa injustamente do PT. Mas soube reagir. Em poucos meses, percorrendo o Brasil, sem
financiamentos suspeitos, sem cabos eleitorais remunerados, sem apoio dos grandes meios de comunicação, ajudou a recolher nas ruas 500 mil assinaturas de cidadãos e cidadãs, necessárias para legalizar o Partido do Socialismo e Liberdade (P-SOL).
A trajetória de Heloísa nos comove. Sua campanha nos reanima. Permite que reencontremos valores que desapareceram da política brasileira, como simplicidade, honestidade e verdade.
Heloísa Helena não mente, não rouba e não trai.
Tem apoio de militantes idealistas, de intelectuais honestos, de cidadãos conscientes.
Não vote contra o Brasil nem anule seu voto. Ajude essa grande brasileira - mãe, enfermeira, professora universitária, senadora - a cumprir a
sua missão, que também é a nossa. A missão de resgatar o nosso orgulho de ser brasileiros e construir o país dos nossos sonhos.
Entre na campanha como for possível. Reúna os amigos. Converse com todos, em casa, no trabalho, nas ruas. Some-se a nós.
Ajude-nos a ajudar o Brasil, é tudo o que pedimos. Cada novo voto conquistado nos aproxima da hora da virada.
Heloísa Helena, 50
Presidente do Brasil

Se você quiser subscrever este manifesto, envie uma
mensagem para o endereço hhelena2006@yahoo.com.br

domingo, julho 23, 2006

33) Embates pre-eleitorais: reacao ao convite feito ao lider do MST para palestrar na ESG

Registrando, o que me chegou, em 23 de julho de 2006, por um desses e-mails "corrente"...


E-mail que Lício Maciel mandou para "O Dia"

Prezado jornalista Editor de O DIA

O gen José Benedito Barros Moreira, autor do convite a Stédile para participar da atividade do II Encontro na ESG com as Universidades, tenta justificar seu convite, utilizando-se dos mesmos artifícios utilizados pelo resto do bando que rodeia o Chefe dos 40 ladrões, a mentira, os devaneios e a banalização de um ato altamente condenável. E se esses alunos da ESG não vêem, por esse prisma, melhor que deixem a carreira militar, mesmo porque com generais como esse e outros, de estrela vermelha, incluído o observador de tartarugas e fura-fila de avião, a instituição que era permanente, em médio prazo estará dando lugar a organizações paramilitares clandestinas, subsidiadas pelo governo para dar-lhe o sustento necessário para, através das armas e não do voto, apoderar-se do país, a exemplo de Cuba e Venezuela.

Certamente quando esse dia chegar (no sonho desses imbecis) o futuro ditador, vai precisar de generais, ou até mesmo numa reeleição quem sabe, de elementos como o comandante da ESG (Escola Superior de Guerra), JOSÉ BENEDITO BARROS MOREIRA (que acaba de sair do ostracismo para entrar para história, ao lado de CALABAR). Homens com essa qualidade de“camaleão”, capazes de passarem tanto tempo despercebido entre tantos verdes que o rodeiam, são necessários, obedientes, transigentes, subservientes possuidores de uma coragem patriótica embrionária, com tendências e afinidades com organizações de caráter esquerdista, de cunho comunista, até poderia ser lembrado, se não estivesse apenas no rol dos “kamaradas de viagem”.

Seu Zé Benedito, seu ato, produto de covardia e de oportunismo impatriótico, para não desagradar o “coisa” da defesa, sujou o nome de muitos GENERAIS, com letra maiúscula, desde o de César Obino, Cordeiro de Farias, Idálio Saderberg, Juarez Távora e muitos outros que poderíamos citar. A Escola Superior de Guerra foi criada com a concepção de proporcionar aos seus estagiários, os futuros donos do saber, da Arte da Guerra, da retidão moral de caráter ilibado, do respeito à hierarquia sem subserviência, qualidades desejadas nos formandos dessa instituição, dos sonhos dos Generais João e Guilherme Figueiredo, para que a Pátria pudesse com tranqüilidade e confiança atingir seus objetivos colimados de independência e desenvolvimento, garantindo a figura do Presidente da República, do Legislativo e do Judiciário e a Nação Brasileira, a segurança interna necessária para a concretização do seu desenvolvimento em prol de seus cidadãos. Dos formandos da EsG se espera que estejam preparados pra defenderem, com a própria vida se necessário, o território Nacional, seja de ameaça interna ou externa e, em curtíssimo prazo, que valorizem acima de tudo, o solo em que nasceram; que não se subjuguem em desfavor da justiça e da verdade; que considerem crime de lesa Pátria as investidas contra a Democracia, as liberdades de expressão; o respeito aos brasões e marcas da República; que considerem crime grave o desrespeito à Bandeira e a inclusão de cores sanguinárias, controversas ao espírito da Pátria; que entendam que soberania não se compra doando o seu patrimônio, abrindo mão de seus direitos, muito menos com submissão; ou deixando-se dominar por outras Nações. Soberania se adquire com altivez, força, respeito e determinação; que saibam afinal que ninguém respeita uma Nação sem Forças Armadas à altura de sua topografia e seu poder de fogo.

Guardem a data, que doravante os Militares, “não confundir com qualquer coisa fardada que atualmente se encontre por ai”, não se caracterizam pela farda, independente de posto e graduação, mas pelo que está dentro da farda, militar é povo, capacidade, mente e coração à disposição da Pátria vinte e quatro horas por dia; militar, na expressão da palavra, é tudo dar à sua Pátria sem nada dela exigir, nem mesmo compreensão,” 18 de julho de 2006 esse dia chamarão de “dia da vergonha”, como se já não fosse suficiente a humilhação de termos dois terroristas, com envolvimento em assassinatos, roubos, assaltos, seqüestros de autoridades, ostentando a Medalha de Caxias e a Medalha da Ordem do Mérito Militar, por subserviência do “guardião de tartaruga voadora” ao “coisa” da Defesa, e não é por menos, temos a vergonha de ver uma palestra de João Pedro , integrante da direção nacional do MST, sobre o tema Reforma Agrária e Meio Ambiente, como se o indigitado fosse autoridade no assunto, quando em verdade se trata de um estelionatário que atua livremente pela displicência da polícia federal na aplicação da Lei e sob a proteção velada do próprio ministro da justiça e do presidente da república - este último para não perder os votos dos fanáticos de Stédile.

Convidar o dirigente de uma organização clandestina, de cunho subversivo, de ideologia alienígena, com envolvimentos com as FARC’s, com Fidel Castro que é seu mentor, com Chaves, um paranóico, e Morales, um índio cocaleiro travestido de nacionalista, defensor da liberação do plantio de coca como pilar econômico. Todos dispostos a reativar na América latina o comunismo, falido no resto do mundo, já que não considero Cuba parte do mundo, e que tem como prioridade no Brasil assumir o poder através da luta armada, à semelhança de tentativas feitas no passado e sempre rechaçadas pelas FFAA atendendo ao clamor popular, das quais esse lentíssimo general, provavelmente jamais participou.

O Comandante da ESG dificilmente vai conseguir convencer a qualquer brasileiro que acompanha o desenrolar da política do País, de que o “ anfitrião” não comunga com a ideologia do convidado, diante das evidências e das afinidades de suas opiniões.

Deixemos que cada um fale por si.

O comandante da ESG, general José Benedito Calabar Moreira, declarou concordar com praticamente tudo o que disse Stédile.

Calabar Moreira falou sobre a burrice das elites, de política internacional, fez uma análise da atual crise no Oriente Médio provocado pelo agravamento dos confrontos entre Israel, palestinos e o Líbano. Segundo ele, só estão acontecendo os bombardeios israelenses no Líbano porque um dos contendores, justamente Israel, tem a proteção e o apoio de um lado, o mais forte. Caso contrário, já teria sido esmagado.

Vejamos o que pensa o comandante do exército vermelho, braço armado do PT. João Pedro Stédile convidou os professores da ESG a visitarem a Escola Florestan Fernandes, situada em Guararema, no interior de São Paulo. Declarou que o MST participa de ato na embaixada de Israel, 19/07/2006 - Amanhã os movimentos sociais ligados à Via Campesina Brasil, Rede Jubileu Sul Brasil e Campanha Brasileira contra a Alca (Área de Livre Comércio das Américas) realizam um ato, às 12h00, em frente à embaixada de Israel em Brasília. O protesto é contra os ataques ao Líbano e o Acordo Marco de Comércio entre o Mercosul e Estado de Israel.

Essa escola ensina aos jovens do campo toda sorte de critérios contra os fazendeiros, contra os proprietários, contra o direito de propriedade. O agro negócio deve ser combatido e suas terras tomadas para reforma agrária. Não disse, porém, para que. Declarou que o país deve ser governado pelo proletariado. Para encerrar:
Pelo que se paga hoje a um general, não se pode exigir muito mais do que se exige de um segurança da Câmara que ganha o dobro.

Lembram-se dos artigos do jornalista Olavo de Carvalho sobre a ESG? Pois é, está aí mais uma prova insofismável... transformaram-na num antro de comunistas, como ele afirmou em pelo menos três artigos que li.
E deu o nome aos bois, ou melhor, aos jumentos.

Licio Maciel – RG 308 139 - GDF